Livro Frankenstein, de Mary Shelley – Review Completo!
A maioria das pessoas cresceu com uma imagem vívida de Frankenstein na mente. Geralmente, essa imagem tem um denominador comum: de imediato, pensamos naquele monstro acinzentado, com aspecto cadavérico e um pino gigantesco no pescoço.
Mas será que na literatura ele é representado dessa forma? Isso é o que você vai descobrir ao longo deste texto, no qual falaremos sobre o livro de terror Frankenstein, da autora Mary Shelley.
Frankenstein, de Mary Shelley
“Frankenstein”, ou “O Prometeu Moderno” é um livro escrito por Mary Shelley entre 1816 e 1817, publicado no ano de 1818. Considerado um grande clássico da literatura de terror gótico, ele suscita questões profundas e fundamentais sobre o que é ser humano e qual os limites do nosso protagonismo perante a natureza.
Características
- Autora: Mary Shelley
- Lançamento original: 1818
- Considerado precursor da literatura de horror e ficção científica
- Edições: Darkside, Principis, Penguin, Excelsior, L&PM, Clássicos Zahar
Sinopse
A história acompanha Victor Frankenstein, um médico que tem como objetivo criar vida a partir de um corpo inanimado. Utilizando-se de pedaços de cadáveres costurados, ele consegue gerar uma criatura disforme e horrenda, um ato que traz uma série de consequências mostradas ao longo da trama.
Agora, após nascer sem qualquer escolha, o monstro do Dr. Frankenstein precisa enfrentar uma sociedade que o despreza e repudia por seu aspecto horripilante. Por sua vez, o médico precisa encarar o peso de suas decisões, perseguido pelas consequências de ter desafiado as leis da natureza.
Resenha
Frankenstein foi escrito no início do século 19, época em que a ciência estava em processo de florescimento. A ciência, tendendo a ultrapassar os limites até então considerados naturais, é um elemento fundamental da trama desse livro. Por meio dela, um médico consegue criar vida a partir de um corpo inanimado, algo que até então se associava ao poder de um deus.
Por essa razão, a obra também é chamada de “O Prometeu Moderno”, alusão ao mito grego de Prometeu, o titã que roubou fogo do céu para dar aos homens. Frankenstein se constitui, portanto, uma reflexão e até uma crítica a esse cientificismo latente do período que supunha não haver quaisquer limites para o domínio humano sobre todas as coisas.
O mundo visto da perspectiva do “excluído”
Em uma esfera psicológica, o livro também inova por apresentar as emoções do monstro, o mundo sob a ótica da criatura.
Esse ser julgado e desprezado pela aparência vive à margem da sociedade, e poderíamos pensar, também, numa possível representação da condição feminina. Por mais ousada que seja tal intepretação, nos fiamos no fato de que Mary Shelley, por ser mulher, educada e escritora, estava à margem de uma sociedade masculina que não a reconhecia como igual, mas inferior.
Recepção e Crítica
A primeira edição, logo nos primeiros anos de lançamento do livro, não tinha o nome de Mary Shelley na capa. Isso só viria a ocorrer algum tempo depois, quando sua autoria seria constatada. Ainda assim, mesmo na época, seu livro foi considerado um sucesso. Hoje, mesmo 200 anos depois, Frankenstein ainda é uma das maiores obras da literatura mundial, adaptada dezenas de vezes para o cinema das mais diversas formas.
Edições
As edições de Frankenstein são muitas, motivo pelo qual não poderemos apresentar todas aqui. Entretanto, apresentaremos algumas das mais relevantes do mercado, tais como:
- Darkside – “Deluxe edition”. Belíssima edição com capa dura e detalhes, o interior é desenhado. 304 páginas, 2017.
- Principis – Capa comum, 240 páginas, 2019.
- Penguin – Capa comum e simples, 424 páginas, 2015.
- Excelsior – Belísima edição, capa dura e escura, lombada preta, o interior é desenhado. 320 páginas, 2019.
- L&PM – Edição de bolso pequena e simples, capa comum. 256 páginas, 1997.
- Clássicos Zahar – Edição comentada, capa dura. 248 páginas, 2017. Outra versão, também da editora Zahar, é a edição de bolso de luxo: capa dura, 312 páginas, 2020.
Prós e contras de Frankenstein
É até complicado pensar em uma desvantagem ou um “contra” de Frankenstein, considerando-se que se trata de uma obra clássica de tanto prestígio e de tão fundamental importância para a literatura. Ainda assim, nos aventuramos a apontar alguns de seus pontos mais positivos e os possivelmente negativos.
Prós
- Trama que trata de temas universais como a humanidade, os limites da ciência, o bem e o mal
- Valor histórico para o horror e a ficção científica
- Não é apenas uma obra rica e complexa, mas também serve como um bom entretenimento
- Fácil de entender: sua linguagem, embora antiga, não é rebuscada a ponto de ser incompreensível
Contras
- Preços muitas vezes elevados
A autora
Quem foi Mary Shelley?
Mary Wollstonecraft Shelley nasceu em Londres no ano de 1797. Seus pais, famosos, já precediam seu legado: ela era filha do filósofo Wiliam Godwin e da escritora Mary Wollstonecraft, conhecida pelas suas ideias controversas a favor da igualdade entre homens e mulheres.
A ocasião de criação de Frankenstein é bastante curiosa: ela se deu devido a uma aposta entre amigos em um verão que Mary passou na companhia de Percy Shelley (aquele que viria a se tornar seu marido), Lord Byron e John Polidori, todos escritores. A aposta era que cada um deveria criar a história mais assustadora possível. Assim, Mary posteriormente teve a ideia de Frankenstein.
“Frankenstein” é bom?
Afinal, “Frankenstein” de Mary Shelley Vale a Pena?
É indiscutível a importância da obra Frankenstein para a literatura. O mais admirável é pensar que uma mulher criou uma obra de tamanha importância em uma época em que mulheres escritoras não eram encorajadas a esse ofício. Portanto, contra todas as adversidades, Mary Shelley foi capaz de criar uma obra-prima que mesmo 200 anos depois continua relevante. Isso por si só já atesta o quanto essa obra vale a pena.
Mas, se ainda não for suficiente, basta lembrar que Frankenstein é considerada a obra fundadora da ficção-científica. Além disso, trata-se de uma linguagem que não é difícil de entender, ainda que seja antiga, e a leitura é fluida. Por isso, recomendamos Frankenstein como uma leitura quase “obrigatória” a todos os amantes de livros.
As pessoas também perguntam
Qual a diferença entre o monstro do livro e do filme?
Em primeiro lugar, existem várias adaptações de Frankenstein para o cinema. Se estivermos nos referindo à de u003cstrongu003e1931u003c/strongu003e, vemos uma criatura lenta que se comunica por grunhidos e veio à vida por meio da u003cstrongu003eeletricidadeu003c/strongu003e. No livro, o monstro é capaz de se comunicar plenamente e ter emoções e nasce por meio de uma espécie de u003cstrongu003esorou003c/strongu003e que lhe dá vida.
Qual a moral do livro Frankenstein?
Frankenstein faz uma reflexão sobre quais são os u003cstrongu003elimites da ciênciau003c/strongu003e e o quão longe o ser humano pode ir. Ele pode desafiar a natureza e sair impune? No livro, o que fica claro é que, ao desafiar as leis da natureza e criar vida de forma não natural, u003cstrongu003eVictor Frankenstein está cometendo um delito moralu003c/strongu003e que, por sua vez, tem consequências trágicas.
Quem é o verdadeiro monstro de Frankenstein?
Existe uma confusão em relação à palavra Frankenstein, porque o cinema popularizou a ideia de que o u003cstrongu003emonstrou003c/strongu003e tinha esse nome, quando na verdade u003cstrongu003eFrankenstein é o médico que o criou.u003c/strongu003eu003cbru003eJá em relação a uma interpretação mais subjetiva e metafórica, podemos apontar que, ao criar um ser que não pediu para nascer e abandoná-lo, o Dr. Victor Frankenstein é que se torna o verdadeiro monstro.
Considerações Finais
Agora que você já sabe sobre o que é a obra Frankenstein, pode escolher adquirir esse livro (ou não) baseado em seu gosto pessoal. A nossa opinião sobre esse livro é muito favorável, pois se trata de um grande clássico da literatura que merece ser conhecido pelo máximo de leitores possível. Portanto, recomendamos Frankenstein!
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