Especialista orienta consumidor para aproveitar ao máximo a Black Friday
Advogado especialista em Black Friday dá dicas ao consumidor sobre como aproveitar melhor este período de promoções no fim do ano. Do mesmo modo, respondeu a questionamentos sobre formas de se precaver de situações que possam lesar o mesmo.
O Dr. Euro Jr. conversou com o site G1 no Ceará e tirou dúvidas comuns às pessoas antes de comprar no evento. Por isso, leia todos os detalhes desta entrevista e absorva as informações passadas pelo especialista.
Dicas para o consumidor na Black Friday
A primeira dica do especialista, quando perguntado sobre como o consumidor deve se preparar para as promoções, foi a de fazer pesquisas de mercado. Isso inclui comparar preços entre empresas e ver o preço médio antes de comprar.
É ideal ainda ver qual loja oferece uma melhor condição de pagamento no período da Black Friday 2022. Além disso, em caso de compras online, consulte se há uma taxa para o frete e veja a taxa para as demais lojas, para ver qual vale mais a pena no preço final.
Diferença de preços entre loja física e internet
Outro ponto que gera dúvidas dos internautas é se uma mesma empresa pode praticar preços diferentes na loja física e na online. Por sua vez, o Dr. Euro Jr. respondeu de bate pronto que sim, uma empresa não é obrigada a manter os mesmos preços.
Há vários pontos que explicam o porquê dessa opção ficar a critério da empresa. Um deles é que a taxa de manutenção de um ponto comercial eleva o custo de operação do mesmo, o que não ocorre em lojas online.
Uma empresa pode ainda, esteja no período de Black Friday ou não, colocar preços diferentes em filiais diferentes. Logo, é ideal pesquisar bem e, caso possa esperar, comprar online caso prefira, mas sempre confira a política de troca e devolução de onde vai adquirir os produtos.
Todos os produtos da loja deverão estar em oferta?
O advogado falou ainda sobre esta dúvida do consumidor, a respeito dos preços de todos os produtos. Mas, a empresa não é obrigada a baixar os preços de todos os itens, segundo o Doutor.
Vale destacar ainda que nenhuma marca é obrigada a participar desta promoção. No entanto, é muito bom para impulsionar as vendas por meio de descontos, mas estes não podem ser falsos para ludibriar os clientes.
Fiscalização das lojas no período
Sobre o questionamento acerca da fiscalização, o especialista esclareceu que é o Procon que deve fazê-la. Porém, em caso do consumidor perceber alguma prática abusiva, pode contribuir com o órgão e fazer a denúncia.
Muitos empresários ainda seguem com a prática de aumentar os preços antes da promoção para divulgá-los com descontos falsos. Assim, mesmo que haja um abatimento do preço total do item, ele não pode fazer a propagação de que o preço anterior era maior do que o verdadeiro.
Como se precaver da situação?
Uma das dicas para o consumidor é realmente fazer uma pesquisa nos meses ou semanas anteriores. Por isso, monitorar os preços é uma boa idéia, mas também conferir junto ao Procon possíveis denúncias que envolvam a empresa onde você irá comprar.
Consumidor pode favoritar produtos
Você pode favoritar os produtos que têm em mente ou deixá-los no seu carrinho, para ver de forma mais fácil possíveis alterações de preço. Logo, evite correr o risco de não encontrar mais o mesmo item.
Mais dúvidas do consumidor
Quando indagado pelo G1 sobre atrasos na entrega ou possibilidade de desistência da compra, ele citou artigos do Código de Defesa do Consumidor para respondê-las. Logo, para o caso de atrasos, o artigo 35 prevê que o cliente pode pedir indenização à empresa e desistir da compra.
Para a desistência da compra, o artigo 49 prevê até 7 dias para o caso de compras online. No entanto, para compras presenciais, o Código de Defesa não obriga o lojista a aceitar essa desistência, mesmo na Black Friday, então pense bem antes de comprar.
Vale destacar ainda que em casos de ofertas falsas, falta de produtos em estoque e entrega fora do prazo causadas pelo volume de vendas, o consumidor tem direito de denunciar a empresa.
Para denunciar, procure o Procon da sua cidade e siga as orientações do órgão. Assim, a empresa irá sofrer as sanções legais, que podem ser graves como a interdição de funcionamento da loja, para que outras pessoas não sejam lesadas por práticas ilegais.