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Luiz Gonzaga: Biografia, Fatos, História e Mais!

Luiz Gonzaga: Biografia, Fatos, História E Mais!
Fonte: Flickr

Também conhecido como Rei do Baião, Luiz Gonzaga foi um grande musicista, e importante membro da cultura da música popular brasileira. Por ser extremamente criativo e considerado um artista completo, o cantor e compositor tocava zabumba, sanfona e triângulo.

Ao longo de toda a sua carreira criou diversas músicas conhecidas popularmente no Brasil, principalmente com base na cultura do nordeste, natural de suas origens. O baião foi estilo definido de sua carreira, assim como o xote, forró e xaxado.

Grande parte de suas letras falam do Nordeste e toda a dificuldade de se viver por lá, como a pobreza, as injustiças. Das dificuldades em viver no sertão com a seca e tudo o mais. Luiz Gonzaga se tornou muito conhecido por músicas emblemáticas e que foram muito regravadas, como “Asa Branca”, “Baião de Dois” e “Juazeiro”.

Se tornou uma grande influência para outros músicos do mesmo gênero, incluindo seu filho adotivo, Gonzaguinha, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre diversos outros cantores da Música Popular Brasileira.

Para conhecer mais sobre a obra e carreira de Luiz Gonzaga, continue lendo.

Fatos rápidos sobre a vida de Luiz Gonzaga

NomeLuiz Gonzaga do Nascimento
GêneroMasculino
Famoso comoCantor, compositor e musicista
NacionalidadeBrasileiro
NascimentoDia 13 de dezembro de 1912
FalecimentoDia 2 de agosto de 1989 (76 anos)
CônjugeHelena Cavalcanti
FilhosGonzaguinha/ Rosa Cavalcanti

Quem foi Luiz Gonzaga?

Um grande musicista de música nordestina, conhecido por grandes canções típicas como baião, forro do sertão e xaxado. Luiz Gonzaga marcou a história da música cultural brasileira. Sendo sanfoneiro e cantor, sempre foi um artista completo, conseguindo se apresentar muitas vezes sozinho.

Desde seus primeiros álbuns, o sucesso foi acontecendo, o cantor foi ficando conhecido e assim, se tornou um grande nome. Conhecido como o Rei do Baião, Luiz Gonzaga conheceu muitas pessoas importantes ao longo de sua trajetória. Algumas delas que fizeram total diferença na sua carreira.

Apesar disso, mesmo tendo uma relação pessoal conturbada com sua primeira companheira adoecendo e morrendo jovem, deixando seu filho órfão, tanto quanto sua esposa que não podia ter filho e o chantageava para não se encontrar o filho da outra mulher.

Toda a sua história, representa muito a vida de uma pessoa que passa por momentos difíceis. Assim como boa parte de suas músicas, que falam da vida sofrida no sertão.

Mostrando como os nordestinos precisam lidar com a seca e clima árido da região. Conseguiu levar para boa parte do país, toda uma cultura tão rica, como a do Nordeste, principalmente cheia de belezas e muita história.

Luiz Gonzaga: Infância e juventude

O cantor nasceu em 1912 em Recife, em uma cidade chamada de Exu, no Pernambuco. Luiz Gonzaga cresceu com muita influencia da música, e desde menino, já era apaixonado pelas melodias.

Seu pai era sanfoneiro, um mestre Januário, e Luiz junto de seus sete irmãos, teve que desde muito jovem, começar a trabalhar. Mas ao chegar em casa, gostava de ouvir seu pai tocando a sanfona.

Quando completou 13 anos de idade, passou a trabalhar na fazenda, e com o dinheiro que ganhava, conseguiu poupar para comprar sua primeira sanfona. Conforme foi aprendendo, foi sendo chamado para tocar em bares e festas, até que entendeu que era a música que queria para o seu futuro.

Quando completou 17 anos de idade, Luiz Gonzaga resolveu tentar a vida e fugido de casa foi para o Ceará. Nesse momento ele precisou vender o instrumento e se alistou para o Exército, a fim de encontrar novas oportunidades e melhorar de vida.

Como soldado fez grandes amigos e conhecer boa parte do Brasil. Mas ainda não estava atuando com a música, o que deixava infeliz. Então, decidiu dar baixa em seu cargo e finalmente voltar a se apresentar.

Início da carreira

O estilo musical interpretado pelo cantor, o baião, demorou a ganhar reconhecimento e por isso, grande parte de sua vida e carreira, foi dedicada a conquistar essa atenção. Ao conhecer Domingos Ambrósio, que tocava acordeão, começou a se interessar pela música.

Por ser um soldado durante o início de sua vida adulta, ao dar baixa no seu cargo, Luiz Gonzaga decidiu permanecer no Rio e não voltar para Recife ainda. Sempre foi uma pessoa muito disciplinada e organizada, e quando tocava a sanfona, era possível ver para que realmente vivia.

Um de seus colegas de quartel, lhe recomendou que começasse a tocar no mangue, onde haviam alguns músicos que se reuniam em bares para tocar. Com isso, Luiz Gonzaga se arriscou, e começou a fazer sucesso pelas redondezas, até conhecer Xavier Pinheiro, que o guiou pelo restante da cidade.

Quando decidiu se dedicar 100% para a música, ficou de vez pelo estado do Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil, e por lá, passou a ouvir os rádios para entender o que acontecia na história da música.

Começou a tocar em bares, programas de calouros, tocando músicas de outros cantores e compositores. Nessa época, usava um figurino como os músicos profissionais usavam, sempre de paletó e gravata, para ter a atenção devida que desejava.

Até que conhecer Armando Falcão que um belo dia ao conhecer mais da história de Luiz Gonzaga, lhe perguntou o porquê de ele não tocar músicas nordestinas, e foi então o estilo e ritmo de sua terra natal se tornou parte de seu repertório oficial.

Primeiras gravações

Quando suas apresentações começaram a fazer sucesso, foi convidado para assinar com uma gravadora, a RCA Victor, que tinha Henrique Domingues, responsável por lançar no estrelado mais de cinquenta musicistas.

No estúdio, as primeiras gravações de Luiz Gonzaga foram em 1941 com as músicas de nome “A Viagem de Genésio”, e “Genésio e Januário”. Logo em seguida, gravou mais dois sucessos, sendo “Numa Serenata” e “Véspera de São João”, e em depois “Vira e Mexe” e “Saudades de São João del Rei”.

Todas elas aclamadas pela crítica e com retorno muito positivo pelo público. Com o retorno, foi gravando novos discos um atrás do outro e no mesmo ano já havia lançados dois novos álbuns para dar início a sua carreira.

Em apenas 4 anos, lançou cerca de 32 discos, mas cada um com apenas duas faixas cada. Sendo assim, de 1941 até 1945, Luiz Gonzaga se dedicou e corpo e mal ao trabalho artísitco e cantou todas as músicas.

Em paralelo com esses projetos, sua carreira no rádio também foi engrenando. No primeiro momento em que percebeu poderia surgir uma oportunidade, que o levasse até a Rádio para substituir o atual cantor do programa “Alma do Sertão”, foi atrás e conseguiu.

Conseguiu a vaga na Radio Tamoio, já que o diretor de lá já havia conhecido Luiz Gonzaga durante uma apresentação.

Foi nesse momento, que tentou conquistar seu espaço como cantor, porém, não deu certo. Em contrapartida, Fernando Lobo, que era o diretor artístico da rádio, o aceitou como sanfoneiro.

Estando dentro, foi mais fácil para Luiz ir se oferecendo para substituir a voz aqui e ali e assim, o que também não funcionou, já que ele acabou sendo demitido da rádio. Anos mais tarde, o próprio Fernando alegou se arrepender, por não ter sido flexível o suficiente para experimentar o artista.

Depois de muito insistir em outros lugares e escrever novas canções, Luiz Gonzaga conheceu novas pessoas e novos produtores, e buscou por parcerias. Com isso, encontrou Zé Dantas. Juntos escreveram mais de 46 novas músicas, incluindo “O Xote das Meninas” e “A Dança da Moda”.

Foi na Rádio Nacional que aconteceu sua primeira contratação oficial, onde passou a usar trajes típicos de sua região e conhecer Pedro Raimundo que tocava acordeom. Ambos usando roupas de vaqueiro, se tornaram mais conhecidos, principalmente como artistas.

Mesmo com essa carreira bem atribulada e difícil, Luiz Gonzaga se tornou conhecido e conseguiu fazer sucesso. Em 1950, quando a Bossa Nova chegou no Brasil, assim, como a jovem guarda, o baião e o xote ficaram um pouco mais esquecidos, mas ainda assim, os músicos continuaram a ser respeitados por cantores mais novos.

Luiz Gonzaga: Esposa e filhos

A vida pessoal de Luiz Gonzaga sempre foi reservada. Em uma de suas primeiras apresentações de bares no Rio, conheceu Odaléia Guedes dos Santos, uma cantora de samba e coro, também chamada de Léia.

Pouco tempo depois, a jovem apareceu grávida de Luiz Gonzaga e os dois moraram juntos durante um tempo em ama casa alugada. Quando o filho nasceu, o nome de batismo dado foi de Luiz Gonzaga do Nascimento Junior. Que mais tarde seria conhecido por Gonzaguinha.

O casal sempre viveu bem e tinha uma relação muito boa. Porém, com o passar do tempo, alguns conflitos começaram a fazer com que ambos se desestabilizassem, o que levou Odaléia a sair de casa e levar seu filho junto, quando tinha menos de 2 anos.

Nessa fase, Luiz Gonzaga tentou trazê-la de volta para casa com o filho, mas foi em vão. Ela permaneceu na pensão para onde foi e lá ficou. Voltou a trabalhar como cantora e dançarina, além de conseguir criar o filho sozinha.

Luiz teve sua participação como pai, tanto financeiramente quanto pessoalmente, já que visitava o filho de vez enquanto. Pouco tempo depois, Odaléia ficou doente, e foi necessário leva-la para o sanatório.

Como estava correndo atrás de sua carreira, Luiz Gonzaga entregou seu filho para Dina e Xavier. No ano de 1946, voltou para sua cidade natal, Exu, para matar a saudade de seus pais. Passou alguns meses por lá junto de seus pais e irmão e depois voltou para o Rio de Janeiro.

Em 1946, conhecer Helena Cavalcante e começaram a namorar. Nessa época Luiz precisava de uma secretária e algum de confiança para cuidar da agenda de shows e assim, ela foi a escolhida. Como Helena precisava trabalhar para ajudar seus pais, ela topou e assim, os dois passaram a namorar e trabalhar juntos.

Além da agenda, também administrada a parte financeira da carreira de Luiz Gonzaga. Em 1947 noivaram e no ano seguinte se casaram. Ficando juntos até o falecimento do cantor. Como não tiveram filhos, já que Helena não podia engravidar, resolveram adotar uma menina recém nascida, que chamaram de Rosa Cavalcanti Gonzaga do Nascimento.

Sua primeira companheira morreu de tuberculose no ano de 1947, e como seu filho era muito novo, Luiz levou para morar consigo. Como a madrasta não aceitou, a ida da criança para sua casa não deu certo, e então o cantor entregou o filho para os compadres e padrinhos de batismo da criança.

O casal Henrique e Dina criaram Gonzaguinha, mas eram muito pobres. Com isso, a criança foi criada junto dos demais filhos do casal, com ajuda financeira de Luiz Gonzaga. Henrique criou Gonzaguinha como se fosse o próprio filho e o ensinou a tocar viola.

Conforme os anos foram passando, o filho nunca aceitou Luiz Gonzaga como pai, já que não foi ele quem o criou. Mesmo que sempre tenha visitado o rapaz. E nesse meio tempo Helena chantageada o cantor para não fosse mais atrás do filho, caso contrário sumiria com sua filha.

Uma verdadeira história de novela. Com o passar dos anos, Gonzaguinha ficou rebelde e depois descobriu que não era filho verdadeiro de Luiz Gonzaga.

A morte de Luiz Gonzaga

Ao longo da carreira, grande parte do legado de Luiz Gonzaga estava voltado para a sua luta em se tornar conhecido pela música nordestina. Quase no fim da vida, se tornou vítima de osteoporose durante dois anos, e em 1989 faleceu devido a uma parada cardiorrespiratória.

De acordo com algumas fontes, o cantor também tinha câncer de próstata, e depois de morto, teve seu corpo velado em Recife, na Assembleia Legislativa de Pernambuco e enterrado em Natal.

Já foi tema de carnaval, pelo Unidos da Tijuca, do Rio de Janeiro, em 2012, ano em que a escola carioca ganhou o desfile. Depois que havia falecido a imprensa sempre o chamou de Rei do Baião, e portanto, passou a ser conhecido assim, posteriormente.

Continuou vendendo suas obras gravadas, completando mais de 80 milhões de cópias, e até hoje, possui algumas de suas músicas regravadas na voz de grandes cantores da atualidade.

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